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Fotos: Eduardo Ramos (Diário)
Uma viagem no século passado reuniu amantes de trens na Estação Férrea de Restinga Sêca na manhã deste sábado. Maquetes e pequenas réplicas deste meio de locomoção foram expostas por 12 ferromodelistas da região para comemorar o Dia do Ferroviário, celebrado em 30 de abril. Este foi o 1º Encontro de Ferroviários e o 2º de Ferromodelismo em Restinga Sêca, evento organizado pela prefeitura, com apoio da única fabricante de trens em miniaturas da América Latina, a Frateschi.
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Neto de ferroviário, Luciano Coimbra, um dos responsáveis pela organização do evento, conta que tudo começou na tentativa de reunir amigos com a paixão pelos trens para participar de eventos com exposições. Como a região não costumava realizar este tipo de encontro, eles resolveram organizar um próprio. Após a primeira edição em 2019, a prefeitura os convidou para realizar a programação do Dia do Ferroviário:
- A primeira edição foi meio sem clareza do que queríamos. Agora, tivemos o convite da prefeitura para organizar alguma coisa para o Dia do Ferroviário, e eu disse que o que poderia proporcionar era o encontro de ferromodelismo. Então, a gente conseguiu mobilizar o pessoal e trouxe as maquetes exatamente para este dia, para comemorar.
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Os visitantes acompanharam o trajeto das maquetes que tinham movimento
O Diego Jung, por exemplo, veio de Candelária para expor no encontro. Funcionário público, ele tem o ferromodelismo como hobby e coleciona vagões fabricados no início do século XX. Entre as réplica expostas na maquete, trabalhada desde o ano de 2015, está o vagão que o ex-presidente Getúlio Vargas costumava viajar pelo Estado.
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- Eu começei vendo vídeos na internet, e a partir daí comecei a fazer a compra do material, das locomotivas e dos vagões. Na minha maquete, tem materiais costumizados por mim mesmo, desde a viação férrea até a ALL Rumo - explica ele.
Com o sonho de deixar algo para as próximas gerações, o aposentado Adair Fumagalli projetou, desenhou e executou uma maquete da Estação Ferroviária de Santa Maria durante a década de 1950. Entre as miniaturas, estão o primeiro conjunto habitacional, a Vila Belga, assim como réplicas dos vagões, a escola de formação e a cooperativa do comércio da época. Para o futuro, ele ainda planeja dobrar o tamanho da maquete, representando as oficinas em que os vagões eram recuperados e restaurados.
- Faço tudo com base em fotos da internet ou de acervos pessoais. Eu fui desenhista por 39 anos, por isso sei desenhar peças arquitetônicas. Meu sonho ainda é construir um museu de maquetes, para deixar para as escolas e cursos esse presente para as próximas gerações - conta.
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A maquete de Adair Fumagalli
PROGRAMAÇÃO
Além das maquetes e miniaturas ligadas ao tema, houve ainda a exposição fotográfica "Nos trilhos do Rio Grande", com a presença de representantes da Regional Sul da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), e a colocação do sino na sede da Estação Férrea, que não badalava há pelo menos 26 anos.